terça-feira, 6 de julho de 2010

Ich verstehe nichts!

Hallo Hallo,
Hoje tomei a primeira cerveja depois que acabei o antibiotico, e isso me fez sentir bem melhor. Meus primeiros momentos em Berlin foram muito...calados. passei algumas horas sem coragem de dizer uma palavra ( prometi que a primeira frase aqui tinha que ser em alemao, por isso a demora). Notei varias coisas estranhas a principio, toda esquina tem uma obra (nao contrucao, melhoramentos ou restauracao) e muitos guindastes.
Muita natureza pra todo lado, parece que nao tem gente suficiente por aqui, isso e otimo! E o transito entao. Nem existe. So de bicicleta. Eu ja tinha ouvido que era assim, mas nao levei a serio ate que fui " atropelada", eles usam aquela buzininha, mas eu nem notei que estava caminhando pela ciclovia e devia estar devaneando, o cara bateu no meu cotovelo e gritou algo, muito algo, so sei que nao foi merda porque essa palavra e uma das 28 do meu vocabulario.
Ate 15 minutos atras nao tinha ouvido ou visto nenhum brasileiro, estava me achando muito especial. Sempre que descobrem que nao sou nativa (e preciso esforco) eu falo que sou do Brasil ouco algum samba conhecido e bem cantado (as vezes nem eu conheco).
Tive duas colegas de quarto que ja se foram, eram mexicanas, muito simpaticas, com elas troquei algumas experiencias sobre a cidade. Uma delas me disse que achou tudo meio desleixado, fiquei pensando..na verdade e assim mesmo, mas eu acho fantastico, pois mesmo velho, aparentemente feio, as coisas funcionam, e muito bem. Sao poucas as paredes que nao estao descascadas, pixadas e com intervencoes. Eu adoro, fico pensando no material que foi economizado ao nao reformar aquilo. E os parques, canteiros, sao especiais, porque nao sao bem aparados, plantados sistematicamente, a praga que nasce fica ali e faz parte da decoracao. As mexicanas tambem reclamaram disso.
Todo dia durante a tarde tenho aula, e isso me da muita dor de cabeca, estou gastando mais neuronios do que na epoca do vestibular. Quando entro na sala me sinto uma idiota, quando saio me sinto otima e agradeco por nao ser koreana ou japonesa, ninguem merece o sotaque deles, coitados.
Hoje como acabei o antibiotico fiz questao de comprar uma cerveja e vir andando pro albergue ( deve ser umas 2 horas de caminhada) na primeira cerveja ja fiquei zonza, muito zonza, e vi uma arvore de cereja no jardim de uma instituicao escolar. Nao resisti, tive que apanhar algumas. Tem muita arvore frutirera pelas ruas, posso ate ser presa por isso.
Na cidade tem muita crianca sozinha passeando pela rua, nos parques, em museos, e ferias claro, mas o que me encanta e que nao tem adulto por perto, e ate mesmo nas bicicletas eles voam pelas ciclovias, sozinhos!
Entäo, como estava dizendo, nao havia encontrado brasileiro, ate que estou atravessando uma ponte desviando do ciclista, tirando foto do rio e tomando cerveja ( tenho que aproveitar ne) e ouco: "Ele era ate bonitinho, mas que cara de bebe e jeito de gay! assim nao encaro! " Sem comentarios, era so pra constar.
Genug
So nao vou postar as fotos ainda porque o dono do cyber que estou e um turco e ele definitivamente nao fala ingles, nao to afim de fazer mimica.

2 comentários:

Anônimo disse...

Thaís Prado !!!! hehehe ... adoro te chamar assim. Você acredita que só hoje vi o seu recado no meu blog !!?? (Só para você ter uma idéia desde quando não escrevo nada ...). Mas enfim, adorei você ter me achado e termos encontrado uma maneira de nos comunicarmos. Agora me explica, que história é essa de Berlim ????? Que que você está fazendo por aí, sua doida !!! rsrsrs.
Mande notícias ... sinto saudade de você! Ah, adorei suas histórias. A do Macacão então, foi hilária. Só estou louca para descobrir que era o Joãozinho !!! hahaha.
Te cuida.
Bjnhos

Anônimo disse...

Oi Xuxu, sabia que suas primeiras horas em Berlim iam ser especiais. Adoro o jeito que você conta suas experiências, me vi na ponte com você olhando assutada pro ciclista e rindo das brasileiras. hehehe.
Aguardo ansiosamente pelas fotos e novas aventuras!
BEIJOS!