sábado, 31 de julho de 2010

Paris



Quando cheguei em Paris fiquei meio decepcionada porque tinha certa expectativa inconsciente de encontrar a cidade no em algum lugar do século passado. Imaginava ouvir Edit Piaf e ver pintores de aquarelas as margens do Sena. Não foi bem assim.
Como tinha 3 dias apenas na cidade mal deixei as malas no hostel e sai batendo perna, era estranho porque a Edit Piaf que eu pretendia ouvir a cada esquina era sibstituida pela Musica Under the Sea, da Pequena Sereia. Comecei a achar que era algum dia especial da Sereia, sei lá. Até que vi duas garotas (em momentos separados) usando um brinco de peixe palhaço, pra nao dizer que era do nemo. Pronto, só podia ser dia do ser marinho. Mas acho que não era. Eu é que me apego a detalhes em busca de mistérios a ser desvendados.
Paris é tão bonita que chega a ser enjoativa. Sei que é ridículo falar isso, mas ver tantas coisas bonitas faz com que o feio passe a ser o especial, entende? A cada final de rua que eu olhava via uma mega construção deslumbrante. Na décima vez que isso aconteceu, eu comecei a pensar. Ok.
Brincadeira, mas quase verdade. Exagero então.
Senti a polícia meio tensa na cidade. Toda hora via uma viatura barulhenta, muitas motos, muitos apitos e gritos. Comecei a esperar por uma tragédia, sorte que naqueles dias eu ainda não sabia que os Ets tinham nos visitado novamente. Ufa!
Acabei me dando bem com o idioma, usei uma tática bem diferente que usava na Alemanha. Na Alemanha eu queria aprender, então sempre chegava falando alemão, discretamente, devagar e esperando fluir uma conversa amigável e num ritmo plausivel pro meu entendimento. Na quarta troca de frase eu já tinha que soltar algo do tipo: Desculpe eu estava te enganando, podemos falar inglês?
Já eu Paris eu pratiquei a humildade. Falava todos os por favores, obrigados, com licenças e pronomes de tratamento, e logo depois de me desculpar pela minha ignorancia em nao saber falar frances (tudo isso entao entao em frances), pedia pra conversar em Ingles. Nossa, como fez diferença. Era tratada como uma rainha comparando com o resultado do método praticado na Alemanha. Tem coisas que só a experiencia ensina...
Não estou muito afim de falar da cidade em si. Passei metade de um dia perdida no Louvre ( mega arrependida de ter entrado) e outra grande parte explorando o comércio bacana da Rua Saint-Honoré. E comi todo o doce que meu corpo suportou em 72 horas. Cheguei em Londres meio... cheinha.
Ahhh e uma informação inútil interessante. Chegando na cidade peguei um guia de compras em Paris, e pra situar o leitor/consumidor eles pedem pra voce fazer um teste no início pra saber quais as lojas ideais pra voce. O meu teste deu BOBOS! Aha! sabia que um dia o nome desse blog ia ter uma razão de ser. Quer dizer que entre Classica, Fashionista e outras coisas estou mais perto de ser Burguesa e Bohemia, pena que as lojas indicadas pro meu perfil eram caríssimas.

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