segunda-feira, 30 de março de 2009

Invasão Felina Pt.2 - imagens

>>>>> Depois que ganhou uns quilinhos

>>>>> magrela quando chegou

Invasão felina Pt.1

Nasci e cresci cercada por cachorros.
Minha família tem uma relação de amor doentia pelos cães. Hoje temos 3 cadelas, uma boxer (Nina), uma Boder Collie (Bella) e uma filhotinha de uma raça parecida com labrador que ainda atende pelo nome de pequena.Toda essa trupe dorme na cama com a minha mãe e com meu irmão, tomam café da manhã junto com a família e assistem TV com lugar marcado no sofá (ai de mim quando sento no lugar de uma delas, elas deixam bem claro que cometi uma gafe, deitam descaradamente em cima da minha pessoa).
No último natal um acontecimento mudou todo o rumo da minha história com animais de estimação. Fui passar o natal na casa da minha mãe, onde se encontra todo aquele canil, e numa manhã eu acordo com a Nina e a Bella em cima do meu carro, arranharam ele todo e babaram muito. Na hora imaginamos que só podia ter sido um gato que esteve ali. Esteve.... aham! Depois de umas 6 horas do acontecido eu saio para levar o carro no mecânico. Puta. Porque além de ter que gastar uma grana com o conserto de uma correia ainda teria que lavá-lo e conviver com todos aqueles arranhões estampados no capô.
Depois de passear horas de carro pela cidade, revendo os parentes, dando uma checada nas novidades do comércio local (leia-se: comprando queijo, cachaça, feijão e doce de leite) enfim chego ao mecânico. João abre então o capô pra dar uma olhada no tamanho do meu prejuízo, e de cara arregala os olhos. Pronto! Pensei. Devo ter mais itens a trocar, coisas velhas falhando, sei lá. Só pensei o quanto eu não queria gastar mais nem um real com problemas mecânicos. Acho que desejei tanto isso, que acabei alcançando. João continua olhando fixamente pra dentro do motor e começa a falar comigo. Olha só Thais, esta tudo certo com seu carro, mas...o que seria esse bicho aqui? Olho pra dentro daquela coisa cinzenta, suja e quente e no canto, bem no canto avisto um animal. Miúdo, peludo e supostamente cinza.
Alí, naquele instante já estava tudo mudado na minha vida, mas como um bom e velho ser humano que não tem facilidade em aceitar as mudanças da vida. Peguei a gata cinzenta no colo, e passei em todos os pet shops da cidade em busca de alguém para adotá-la. O espírito natalino me impediu de largá-la ali mesmo, tremendo, magrela e cinza!
Depois de rodar por toda a cidade incluindo algumas visitas pra aquelas pessoas que têm fama de amar gato, parei na casa de uma amiga e implorei pra ela ficar com ela. Ela não quis, tinha acabado de adotar um gato adolescente. Passei tanto tempo nessa missão, que meu filho, que estava no banco de trás segurando a caixa com a gata, começou a demonstrar amor e curiosidade por aquele animal.
Até que ela não é tão feia, podemos ficar com a gatinha?
Falou no diminutivo algo afetuoso é tiro e queda, me ganha fácil. Naquele instante, olhando pra carinha feliz do meu filhote, vi o quanto precisávamos de um bichinho pra darmos amor, pra nos fazer companhia e pra ocupar nosso tempo, é claro. Tínhamos de sobra...
Lembram que eu não queria gastar mais nenhum centavo com o carro? Pois foi o que houve, meu carro continua fazendo milhões de barulho e a gata naquele dia teve que ficar hospedada no pet shop senão a trupe canina a comeria viva, fez também uma cirurgia de castração, tomou remédios, ganhou uma caixa de transporte, uma cama macia, uma coleira com guia!(eu já disse que sou acostumada com cachorros), ração, bolinha, enfim, o orçamento do carro foi todo pra deixar a Amelie Poulain pronta pra vir pro Rio de Janeiro. O que vai ficar pra um próximo episódio.