segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Amor Liquído

Durante uma conversa crítica sobre livros de auto-ajuda, um amigo me sugeriu um título (garantindo que se tratava de filosofia) e disse que iria me fazer bem.
Ok, estou sem ler nada no momento, adoro indicações então vamos lá saber o que vai me fazer bem né.
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um pequeno trecho:

"Não se deixe apanhar. Evite abraços muito apertados. Lembre-se de que, quanto mais profundas e densas suas ligações, compromissos e engajamentos, maiores os seus riscos. Não confunda a rede - um turbilhão de caminhos sobre os quais se pode deslizar - com uma malha, essa coisa traiçoeira que, vista de dentro, parece uma gaiola. E, lembre-se, claro, de que apostar todas as suas fichas em um só número é a máxima insensatez!"

Zygmunt Bauman

Pena que minha avó não conheceu esse cara, eles teriam se dado bem.

Seguimos então apostando nossas fichas nos números ímpares e nada de muito abraço.

É isso?

filosofia....

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

10 pecados

A pedido da querida amiga Rapha vou tentar fazer uma lista dos meus 10 pecados musicais, mas já adianto que será meramente ilustrativo, o ideal seria eu fazer o contrário, 10 itens que me salvam musicalmente. Enfim...



1)Scatman John - Scatman

Esse hit dançante é como um elo entre meu ser atual e minha versão adolescente, e como somos quaaaase a mesma pessoa, tenho muito carinho pelo delicioso: Piiiii po po po ro po!



2) Fernando _ Abba

Não lembro a primeira vez que ouvi essa música, ela definitivamente me pegou pelo meu lado brega, adoroooo!



3) Yegua- Babasonicos

Yegua está na lista só pra representar essa banda argentina que eu amo, e é só uma entre as minhas várias paixões musicais dos nossos hermanos. Mas também gosto muito de Tango, onde ganho pontos e volto ao zero zero no quesito latino.rs



4) A balada do Ferraço da antiga novela das 8.

Não lembro o nome da música e nem do cantor, e ela nem merece uma googada. Mas toda vez que ouço, especialmente nesses magazines e casas de eletrodoméstico (casas bahia, cea) dá aquele nó na garganta e sou pega pelo estômago. Adoro esse momento de curtir a tristeza. Detalhe: assisti só uns 5 capítulos dessa novela.



5)Promiscuous Girl _ Nelly Furtado

Não chego a me entregar a ponto de descer até o chão. Mas aproveito o momento pra desenferrujar a cintura.



6)Vou beijar-te agora, não me leve a mal hoje é carnaval!

hahahaha não sei se isso conta na lista. Adoro o momento calminho e a acelerada dessa marchinha. E agora então, que eu comecei a gostar de carnaval ela virou meu hino, deixando a "madalena, madalena" (que foi minha preferida nos carnavais em Jacutinga) em segundo lugar.



7) Dia Branco - Geraldo Azevedo

Ok, eu não considero isso um pecado. Coloco ela aqui só pra enfatizar que sou uma pessoa bem eclética musicalmente, embora muitos pensam o contrário.



8) Melô do vitiligo - Bonde do Rolê

Adoro brincadeirinhas musicais, e isso o pessoal do bonde sabe fazer. Sei que não é MÚUUUSICA, mas diverte.



9)The book is on the table - ???

Gostosinha e dançante. E fica melhor quando começo imaginar as cenas da galinha, do gato e toda galera em cima da mesa.

10)Deixo esse pra todas as outras porcarias que eu amo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

simples assim?

Enquanto explorava as opções do meu celular, me deparei com coisas inacreditáveis, opções de conecção à internet, compra de jogos (tudo isso é uma tecnologia que eu ainda acredito que exista só em filmes de ficção.rs), mas o que mais me chamou a atenção foi uma das opções de mensagens no menu "mensagens salvas". Lá se encontra alguns modelos de mensagens que a meu ver são para agilizar o dia-a-dia de um ser muito ocupado, ou salvar alguém durante uma reunião, sei lá. Eu não me vejo precisando delas, enfim.
As opções são do tipo: Chego às...., Estou em reunião, Te vejo em..., Estou a caminho, e uma muito especial: Também te amo!!!!

Que bizarro, que desapego ao amor, como alguém pode pensar em usar um modelo que já vem pronto pra retribuir algo tão importante?
Não sei se sou das antigas, mas imagino que se fosse a ocasião de mandar a tal mensagem, gostaria de eu mesma digitá-la; curtindo o momento e até usar aquelas carinhas abobadas pra dar um tcham (ahh quem não é brega quando ama?).
Se bem que tá na moda essa forma de amar, mandar beijos no coração, amar muito e a todos, "inclusive" (ohhh palavra divertida), aquela pessoa que voçe conheceu há......2 horas?
É, definitivamente, acho que sou das antigas, só me imagino usando esse recurso do celular no meu leito de morte, quando meus dedos já não tiverem força. (leiam com tom de exagero e não de poesia, por favor).

terça-feira, 19 de agosto de 2008

memórias inventadas

Desde que me conheço por gente fico inventando histórias pra pegar no sono.
Começou na infância, quando eu tinha medo de dormir sozinha e tentava me distrair com contos imaginários que tinham elementos bem reais.
Depois de muito tempo continuo com o mesmo hábito, porém os temas são mais adultos, eles vão mudando conforme a fase da minha vida.

As histórias são como novelas, têm continuidade, e os personagens quase sempre são reais. Salvo em situações que não há ninguém interessante em cartaz na minha vida, daí tenho que apelar para celebridades, e confesso que fica bem chato.
Os enredos são super elaborados. Tem começo , meio e fim. E nunca caio em erros de continuidade. Sou super perfeccionista com o figurino, trilha sonora e casting.

Em dias de último episódio sempre choro. Os finais são muito triste, eu sempre sou protagonista, claro! esqueci do detalhe, nesse momento tudo gira em torno de mim. rs

Tiveram episódios únicos, trilogias e até séries!
Esse hábito de pensar histórias sempre me foi tão comum que as vezes confundo o que realmente aconteceu e o que eu inventei. Tenho certas lembranças que eu jurava serem reais, mas que não passaram de contos inventados. E eu fui descobrir com o tempo... com a união de fatos que não faziam sentido. Isso hoje me preocupa um pouco. Já que sento raiva de pessoas que só me fizeram mal nas minha histórias e também já me envolvi com outras que eu só conheci naqueles íntimos momentos antes de pegar no sono.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

e aproveitando a deixa... inauguro as listas dos cinco mais, homenageando nick hornby...

Os cinco unânimes:

1- sexo
2- chocolate
3- seriado friends
4- futebol (para os homens)
5- beatles?

a uninamidade do sexo

Hoje na rua escutei uma única frase de uma conversa alheia que me deixou o dia todo pensando.
"sexo é unânime"
Ok!
Nunca tinha visto o sexo desse ângulo . rs

A gente pode dizer, fulano bebe, fulano fuma, fulano não gosta de sair, fulano não vai a praia. Mas nunca escutei: fulano não faz sexo! será uma unanimidade?
Eu já tentei inúmeras vezes defender a teoria da assexualidade em mesas de bar, não que esse seja meu caso, apenas me instiga. rs
Será possível?

continuo curiosa...

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Atendendo aos pedidos...

tirei o verdinho.

De volta feliz e com novos vícios

Descobri minha senha!
Não dá pra viver sem vícios, eu sempre soube que minha genética é forte pra isso, mas tento relutar. Parei de beber, parei de comer as mesmas coisas nos mesmo horários, parei de acompanhar seriados, parei de baixar música, e parei com outras coisinhas.
Não dá!
Já estava até "sem brilho nos olhos" segundo uma senhorinha hedonista que conheci por aí.
Resgatei meus vícios e notei como aumentou minha serotonina.
Pra não me sentir dependente, o que é bem humilhante, vou usar a palavra ritual. Então, voltei com meus antigos rituais e me sinto mais leve.

domingo, 4 de maio de 2008

Ado aado... (1)

Dentro ainda das reflexões sociológicas, não podia deixar a música de lado.

Ultimamente presenciei a programação noturna das capitais RJ, SP e BH, dentro do que me agrada musicalmente. É fantástico fazer essa ponte e ver as diferenças e peculiaridades das cidades.

No Rio onde mais estou presente e sou menos imparcial pra dar pitacos, sinto uma falta de renovação e uma produção em escala industrial das festas. Me sinto abrindo meu guarda-roupa e escolhendo uma combinação de peças (djs) que quero vestir (ouvir) na noite. Da pra escolher. Todo dia temos todas as opções rolando, é só escolher a combinação que mais vai agradar o que seu ouvido naquele dia, dar uma olhada nas listas amigas do orkut e ver onde aquele alguém que você espera encontrar vai estar (claro que o nome da pessoa estará em todas as listas, ela deve escolher em cima da hora pra onde vai) e partir pro abraço. As pistas do Rio são fantasticamente previsíveis, salvo dias de alta inspiração dos djs onde surgem coisas surpreendentes (aiii é tão bom ouvir algo inusitado) e quando temos djs convidados na área. Fora isso, normalmente presenciamos um repeteco desgastante de repertório e combinações uma herança talvez da história do desenvolvimento da cena rock na cidade. Posso estar completamente enganada, é uma mera opinião. No rio, as noitadas rocks de hoje são heranças da cena rock n roll/indie dos anos 90 ( trato de um passado recente, afinal desenvolvi minha teoria a partir de "causos" que ouço, eu não frequentava a cidade na época), assim sendo, o pessoal traz uma bagagem desse momento, com um profundo conhecimento musical e pouca ousadia e senso de humor. Outra curiosidade é a pequena intersecção de público entre o rock e o eletrônico......
Preciso pensar mais sobre isso....
Aliás, cansei.

...e nem cheguei no quadrado...


to be continued...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

realidade e relatividade

Sabe aquela sensação gostosa de descobrir alguma coisa em comum durante um bate-papo com um desconhecido(ou pouco conhecido)? Eita trem bom... e eu me sinto cada dia mais distante dessa situação.

Ando pensando que a palavra realidade é péssima, o mundo é tão irreal, virtual, surreal , neo-surreal (tão fácil fazer novas nomenclaturas) e falso, que essa palavra deveria ser trocada por relatividade..

Uma coisa que amo na minha existência é a diferença entre os ambientes que frequento, as pessoas que convivo, meus hábitos, amores e até as músicas que escuto (nem sempre por minha escolha) e isso me faz refletir muito sobre as simples diferenças entre os homens, veja bem, nada muito complexo como desigualdade social e afins, me refiro só as coisas bobas, bem bobas! E no fim das contas sempre termino minhas conversas ou pensamentos com o chichê: 'tudo depende da maneira que você vê (ou pensa) as coisas".

Logo esses pensamentos vão me deixar, devo me acostumar com isso tudo, embora eu espere o contrário. Odeio me acostumar com as coisas. Tudo que se acostuma perde um pouco a graça. Mas enfim, acho que estou nessa "onda" , porque resolvi começar esse blog durante uma viagem à trabalho à Belo Horizonte, estou participando de um evento de moda local. E o contato com pessoas tão distintas, com RElAtiviDADES tão diferentes, e em volta de um tema que me parecia familiar até então, está me despertando muita curiosidade.

Além desses dias longe de casa, o que mais me influencia, é minha mudança provisória (que Deus me ouça!) para Jacutinga, onde tenho desenvolvido muitos pensamentos "sociológicos" e percebo que isso tem me feio mal em um único aspecto. Eu sempre fui de poucas palavras, especialmente a meu respeito, agora piorou horrores, passo dias sem nenhuma conversa. Me tornei aparentemente mais "grossa" (juro que sou fofa, é pura timidez), porque tenho muita dificuldade de em dar continuidade aos bate-papos.

...


Como você sairia da seguinte situação?

Durante um translado, após o dia de trabalho, -de carona- com uma recém conhecida, muito fofa, com quem estou dividindo o quarto de hotel. Ela diz:
- Thais, você já ouviu o dvd do Bruno e Marrone com participação especial do Padre Marcelo?
- Não, não vi, é legal? :S
- É bárbaro! Abre o porta-luvas, dentro do porta cds.....
E não é que estava lá! E ela tinha dvd player no carro, e o trajeto tinha 30 km....

quarta-feira, 30 de abril de 2008

condominio fechado na lagoa dos ingleses

Odeio anúncios de vendas de lotes em condominios fechados. Famílias perfeitas passeando em volta de uma lagoa numa tarde de sábado, piqueniques às sombras das grandes árvores (plantadas já grandes), crianças sorridentes nos balanços dos parques, e os pais também sorrindo, fingindo que empurrar os guris nem dói as costas.... eu tenho uma família feliz, sorrio enquanto balanço meu filho mas não moro em condominio fechado e nem suporto essa imagem de felicidade dentro dos moldes perfeitos.
O que mais me incomoda no mundo são os moldes e padrões, eles me perturbam porque me afligem. Sou livre de muitos, mas outros tantos ainda me perseguem. Todos que me perseguem envolvem outro ser, tudo aquilo que envolve uma segunda pessoa, no singular ou no plural, me deixa bem tensa. Relacionamento e técnicas de aproximação são os carros-chefes dos meus pesadelos.
Mas quem sabe, tudo isso é um bom sinal, sinal de que estou viva e tenho vontades. E como diz meu mestre Schopenhauer, a vontade move a vida, e enquanto ela existir estaremos livre do tédio.
Mas nada disso importa, é só uma introdução ao nada. Um vago pensamento que começa a virar palavras, mas que ainda não diz nada. Onde quero chegar tá bem longe desses condominios, não muito longe dos balanços dos parques, e por enquanto, só dentro da minha cabeça e nuns rascunhos em caderninhos.
Hercules and the love affair é perfeito pra pensar nisso tudo; nisso tudo que eu nem disse o que é. Diria, sem pensar muito, que são reflexões sobre a visão e a postura provinciana da sociedade ... mas não sei bem, não organizei meus pensamentos em palavras, embora eu pense a partir delas (!).
Fica aqui registrado o começo de um pensamento de BoBos como eu ou como você, não importa, de burguês e boêmio "todo mundo" tem um pouco.
Because I feel blind, because I feeeeel blind...