quarta-feira, 20 de maio de 2009

Mercado Mistureba


Passaram-se 6 meses do último Mistureba no Teatro Odisséia. Em junho tem!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Saudade

Saudade do cheiro de grama cortada, de pegar ovos de codorna no viveiro e de plantar feijão em algodão.

Saudade do cheiro do shampoo Aquamarine, de assistir sessão da tarde e de esperar o leite ferver.

Saudade do cheiro do meu jardim de infância, do gosto da pasta de dente da mônica e de esperar o final de semana para assistir Silvio Santos.

Saudade do cheiro da bola de basquete, de escolher o time no par ou ímpar e dos “PF`s “dos restaurantes toscos nas viagens de campeonatos.

Saudade do desodorante Brut do meu avó, das histórias que ele me contava quando viajávamos e de ligar pra ele toda noite pra dar boa noite.

Saudade de ouvir New Kids on the Block e achar o máximo, de dar aula de trigonometria para a prima mais nova e de brigar de tapa com a mais velha.

Saudade de ser coberta ao deitar pra dormir, de ganhar beijo de boa noite na testa e de ser acordada pra ir pra escola.

Saudade de pensar em fugir com o circo, de querer ser polícia ou aeromoça.

Saudade do cheiro da lancheira, de conseguir lugar ao lado da melhor amiga no colégio e de copiar a Barsa nos trabalhos.

Saudade de receber cartas, de usar uniforme e da prova de fantasias pro bloco de carnaval.

Saudade das “primeiras vezes” dos aniversários e das despedidas.

Saudade das descobertas, de achar que 40 anos é muito velho, e que todo mundo é muito grande.


Saudade dos tempos, das coisas, das pessoas e de você.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Nick Hornby




Não consigo gostar pouco das coisas. Ou eu amo ou odeio. E um dos meus amores é Nick Hornby. Fui conhecê-lo depois de velha. O primeiro contato com sua obra foi o filme Alta Fidelidade, que na época eu nem soube quem estava por trás disso. O primeiro livro que li foi Slam (eu disse que já era velha) e depois disso todo um novo universo se abriu pra mim!
Queria ler logo tudo de vez, mas tenho medo de acabar e eu cair num vazio literário angustiante. Então vou poupando seus títulos, revezando com outras coisitas. Já pensei em ler um antigo somente quando ele lançar um novo, mas me achei dura demais comigo mesma, vivo fazendo promessas e coisas do tipo, não quero ter mais uma regra.
Depois de me deliciar com Slam, Alta Fidelidade, Um grande garoto, Uma longa queda e pedaços de 31 canções e Como ser Legal (eu também guardo farelos!) decidi me entregar ao Frenesi Polissilábico, na esperança em conversar com meu ídolo, dividir experiências, ouvir suas indicações (juro que às vezes tenho vontade de ligar pra ele!). Por volta da página 50 descubro que li exatamente 2,37 % das obras que ele cita no livro e graças a Deus (e ao próprio Nick Hornby) não me sinto uma idiota. Leio como uma adolescente aprecia cada palavra que sai da boca de um namorado mais velho, encantada, mesmo quando não se entende bulhufa do que ele diz.
Estou conseguindo colher alguns livros pra minha lista desse ano, já tenho 17 e tem espaço para 24( sim, eu leio bem devagar). Contando que estamos em maio, vai sobrar muita coisa no meu criado mudo. Se algum dos 2,2 leitores desse blog se interessar.... deixa pra lá. Acho difícil alguém querer saber minha opinião sobre algum livro, depois de ter me declarado ridiculamente crua nesse quesito. Não consigo terminar mais da metade dos livros que começo, especialmente quando chegam por indicação (mas abandono sem peso na consciência) e por favor, continuem indicando!
Os últimos que abandonei foram: A Cabana, Ensaio sobre a cegueira, A Menina que roubava livros, e outra menina que fazia alguma outra coisa. Ok. Não fui feliz nas escolhas (que me perdoe Saramago, mas não era “meu momento”), todos foram indicações de pessoas que garantiam que eu iria amar.

Enfim...

Leiam Nick Hornby!