domingo, 4 de maio de 2008

Ado aado... (1)

Dentro ainda das reflexões sociológicas, não podia deixar a música de lado.

Ultimamente presenciei a programação noturna das capitais RJ, SP e BH, dentro do que me agrada musicalmente. É fantástico fazer essa ponte e ver as diferenças e peculiaridades das cidades.

No Rio onde mais estou presente e sou menos imparcial pra dar pitacos, sinto uma falta de renovação e uma produção em escala industrial das festas. Me sinto abrindo meu guarda-roupa e escolhendo uma combinação de peças (djs) que quero vestir (ouvir) na noite. Da pra escolher. Todo dia temos todas as opções rolando, é só escolher a combinação que mais vai agradar o que seu ouvido naquele dia, dar uma olhada nas listas amigas do orkut e ver onde aquele alguém que você espera encontrar vai estar (claro que o nome da pessoa estará em todas as listas, ela deve escolher em cima da hora pra onde vai) e partir pro abraço. As pistas do Rio são fantasticamente previsíveis, salvo dias de alta inspiração dos djs onde surgem coisas surpreendentes (aiii é tão bom ouvir algo inusitado) e quando temos djs convidados na área. Fora isso, normalmente presenciamos um repeteco desgastante de repertório e combinações uma herança talvez da história do desenvolvimento da cena rock na cidade. Posso estar completamente enganada, é uma mera opinião. No rio, as noitadas rocks de hoje são heranças da cena rock n roll/indie dos anos 90 ( trato de um passado recente, afinal desenvolvi minha teoria a partir de "causos" que ouço, eu não frequentava a cidade na época), assim sendo, o pessoal traz uma bagagem desse momento, com um profundo conhecimento musical e pouca ousadia e senso de humor. Outra curiosidade é a pequena intersecção de público entre o rock e o eletrônico......
Preciso pensar mais sobre isso....
Aliás, cansei.

...e nem cheguei no quadrado...


to be continued...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

realidade e relatividade

Sabe aquela sensação gostosa de descobrir alguma coisa em comum durante um bate-papo com um desconhecido(ou pouco conhecido)? Eita trem bom... e eu me sinto cada dia mais distante dessa situação.

Ando pensando que a palavra realidade é péssima, o mundo é tão irreal, virtual, surreal , neo-surreal (tão fácil fazer novas nomenclaturas) e falso, que essa palavra deveria ser trocada por relatividade..

Uma coisa que amo na minha existência é a diferença entre os ambientes que frequento, as pessoas que convivo, meus hábitos, amores e até as músicas que escuto (nem sempre por minha escolha) e isso me faz refletir muito sobre as simples diferenças entre os homens, veja bem, nada muito complexo como desigualdade social e afins, me refiro só as coisas bobas, bem bobas! E no fim das contas sempre termino minhas conversas ou pensamentos com o chichê: 'tudo depende da maneira que você vê (ou pensa) as coisas".

Logo esses pensamentos vão me deixar, devo me acostumar com isso tudo, embora eu espere o contrário. Odeio me acostumar com as coisas. Tudo que se acostuma perde um pouco a graça. Mas enfim, acho que estou nessa "onda" , porque resolvi começar esse blog durante uma viagem à trabalho à Belo Horizonte, estou participando de um evento de moda local. E o contato com pessoas tão distintas, com RElAtiviDADES tão diferentes, e em volta de um tema que me parecia familiar até então, está me despertando muita curiosidade.

Além desses dias longe de casa, o que mais me influencia, é minha mudança provisória (que Deus me ouça!) para Jacutinga, onde tenho desenvolvido muitos pensamentos "sociológicos" e percebo que isso tem me feio mal em um único aspecto. Eu sempre fui de poucas palavras, especialmente a meu respeito, agora piorou horrores, passo dias sem nenhuma conversa. Me tornei aparentemente mais "grossa" (juro que sou fofa, é pura timidez), porque tenho muita dificuldade de em dar continuidade aos bate-papos.

...


Como você sairia da seguinte situação?

Durante um translado, após o dia de trabalho, -de carona- com uma recém conhecida, muito fofa, com quem estou dividindo o quarto de hotel. Ela diz:
- Thais, você já ouviu o dvd do Bruno e Marrone com participação especial do Padre Marcelo?
- Não, não vi, é legal? :S
- É bárbaro! Abre o porta-luvas, dentro do porta cds.....
E não é que estava lá! E ela tinha dvd player no carro, e o trajeto tinha 30 km....