quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cassino Hotel



Demorei mais achei o livro do André Takeda. O Google me disse que sua escrita tinha um “quê” de Nick Hornby. Publicidade eficientíssima pra uma fanática.
Começo a ler na semana que antecede a viagem a minha cidade natal. Há 6 meses não visito a família. Uma sensação estranha de ansiedade e angústia me persegue quase que inconscientemente. Medo das pessoas estarem muito mudadas, envelhecidas. Medo de decepção. Medo de sentir falta deles quando voltar. Medo de todas as fraquezas. Aí entra “Cassino Hotel”, começo a leitura deixando a surpresa no ar. Não sabia sobre o que se tratava. O texto não chega aos pés no Nick. Mas eu insisto. E logo começo a me encontrar em todos os personagens.
> João Pedro é um cara de 30 anos que nasceu no Rio Grande do Sul e foi tentar a vida em São Paulo como guitarrista. São Paulo lhe traz experiências que me são familiares, solidão, vida trash e fugas. Uma decepção amorosa leva João Pedro de volta ao Rio Grande do Sul onde ele tem muitas pendências amorosas, emocionais com amigos e com a família.
> Melissa é a namorada super pop star de João Paulo (ela tem 18 anos, bom lembrar)
> Mateus é o melhor amigo deixado pra traz na escolha de ficar em São Paulo
> Letícia é a ex namorada também deixada pra traz e que agora esta com o Mateus, grávida.
> O pai de João Pedro adotou Letícia e Mateus na sua ausência e agora eles são como sua família.

Estou na metade do livro, não sei tudo sobre eles e nada sobre outros ainda.

As lembranças de João Pedro de sua vida no interior. Suas experiências. O cheiro e a cor das coisas. Só penso em Jacutinga. Em como é diferente a vida no interior. Adaptar-me na cidade grande foi muito difícil pra mim. Eu sempre fiz analogias de tudo e todos. Sempre tentei encontrar em São Paulo e no Rio um pouco das coisas que eu tinha em Jacutinga. Infelizmente encontrei pouco em São Paulo, talvez pela proximidade com Jacutinga. Sentia falta de algo e logo fugia pra lá. No Rio essa fuga dá muito mais trabalho, então construí uma vida aqui com peças que substituem bem o que eu tinha lá. Algumas coisas sempre vão faltar. Mas outras eu nunca teria lá e nem encontraria peças pra substituí-las.

Tô feliz por cruzar com o “Cassino Hotel” bem agora. Embora.... o ritmo do livro chega a ser tão óbvio que me lembra " O código da Vinci" ^^

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